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Os melhores surfistas nacionais regressaram esta sexta-feira à água, com o Allianz Ericeira Pro, a etapa inaugural da Liga MEO Surf 2021. Ribeira d’Ilhas é, assim, o palco deste regresso. Um palco mítico e com bastante história no surf nacional. Um local de conquistas épicas a nível internacional e de muitas etapas nacionais.

Com a ação já a decorrer nas famosas direitas do Município de Mafra, fazemos um apanhado sobre algumas curiosidades que envolvem não só a história do circuito nacional de surf e da etapa da Ericeira, mas também os grandes feitos recentes aqui alcançados por alguns dos principais nomes do surf nacional.

- Ribeira d’Ilhas é um dos palcos mais assíduos do circuito nacional. Há 12 anos consecutivos que se realiza, sendo que em sete desses anos foi a etapa inaugural. No total da história do surf nacional, já se realizaram 28 etapas na Ericeira. Curiosamente, em 1999 houve duas etapas no mesmo ano na Ericeira, uma na Foz do Lizandro e outra na Pedra Branca. Nick Uricchio foi o vencedor do primeiro campeonato, em 1987. Do total de 17 vencedores na Ericeira, Tiago Pires foi o que ganhou mais vezes, com cinco triunfos, mais dois do que Paulo do Bairro;

- Curiosamente, Tiago Pires também é o grande dominador em termos de provas internacionais. Na memória coletiva do surf nacional ainda estão bem frescos os dois triunfos consecutivos alcançados no WQS em 2005 e 2006, que o deixaram à porta do WCT. Dois eventos épicos, em que Saca bateu alguns dos melhores surfistas do Mundo em frente ao seu público, numa das primeiras grandes enchentes do surf em Portugal. Dois sucessos que se juntaram ao brilhante percurso que já tinha conseguido ali como júnior;

- E por falar em momentos históricos a nível internacional, numa fase mais recente, sem dúvida que o título mundial júnior de Vasco Ribeiro está lá bem no topo. Em Outubro de 2014, Vasco vencia os melhores juniores do Mundo para conquistar o título mais importante conquistado por um surfista luso. Foram dias mágicos, com ondas incríveis, dignas de WCT, e com uma jornada final épica, onde Tomás Fernandes também conseguiu terminar no pódio. Curiosamente, em termos nacionais Vasco já não vence na Ericeira desde esse mesmo ano;

- Relembrando esse Mundial de Juniores e tendo em atenção o surfista derrotado por Vasco Ribeiro na final, podemos concluir que Ribeira d’Ilhas é um palco aziago para Italo Ferreira, o atual campeão mundial de surf. Além de ter sido superado pelo português nesse célebre evento, Italo regressou no ano passado à Ericeira para competir na Eurocup of Surfing, evento especial da WSL que serviu de retoma a nível internacional, e chegou novamente à final. O desfecho foi o mesmo. Nova derrota frente a um português, só que desta vez foi Frederico Morais a fazer a festa;

- Ribeira d’Ilhas é um palco propício aos surfistas locais, onde o local knowledge faz bastante diferença. É, muito provavelmente, a paragem da Liga MEO Surf onde isso mais se nota. Ao já falado Tiago Pires, junta-se ainda Tomás Fernandes, que venceu duas das três etapas conquistadas no quintal que o viu crescer. A primeira delas em 2013, ainda muito jovem. A antiga campeã nacional Carina Duarte foi outra das surfistas a vencer por mais que uma vez em Ribeira. Depois há ainda nomes da nova geração, como Henrique Pyrrait, que no ano passado surpreendeu todos ao chegar às meias-finais.

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