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- Por estes dias, Hina-Maria está defender as cores do país do hexágono no Eurosurf Júnior'2022, que decorre em Santa Cruz.
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Entre as disciplinas de surf e longboard, desde o passado domingo que mais de 150 jovens competidores estão a medir forças no Eurosurf Júnior'2022, que decorre na Praia do Mirante (Sul), em Santa Cruz.
Em representação das suas nações, as jovens promessas do surf europeu estão a viver um importante momento de competição, depois de uma longa paragem neste tipo de eventos devido à pandemia do novo coronavírus.
Histórica potência do surf europeu, a França é uma das seleções mais cotadas em prova e naturalmente uma das grandes candidatas a conquistar o primeiro posto na classificação coletiva, onde a dupla ibérica, Portugal e Espanha, têm sido os maiores rivais.
Nas ondas de Santa Cruz, no Oeste de Portugal, uma das surfistas que está a defender as cores da bandeira gaulesa é a jovem Hina-Maria Conradi. A competir na categoria Sub-18, Conradi surpreendeu inicialmente pela negativa ao cair de forma precoce nas repescagens. Foi na segunda ronda, num heat em que a portuguesa Beatriz Carvalho também teve o mesmo desfecho.
Agora, numa altura em que o evento promovido pela Federação Europeia de Surf entra na fase de todas as decisões, Hina-Maria está em modo imparável nas repescagens. Leva por triunfos os três heats já surfados nessa fase, pelo que está na ronda 5 das repescagens, a duas baterias de marcar presença na tão desejada final.
Apresentando resultados consistentes no circuito Pro Júnior, Hina-Maria Conradi é uma jovem promessa do surf gaulês feminino que tem vindo a ganhar calo no QS regional europeu. Ainda na semana passada, na antecâmara deste Eurosurf Júnior, alcançou o 25º posto no Pantín Pro, evento conquistado pela 'nossa' Teresa Bonvalot.
Ainda sem nenhum triunfo em provas Open no universo da World Surf League (WSL), o melhor que tem no seu currículo é o 5º lugar no Lacanau Pro de 2019, Hina é mais uma daquelas surfistas francesas originária dos territórios ultramarinos, no caso a Ilha da Reunião.
Com o foco no desenvolvimento enquanto surfista e afirmar-se no mundo das competições, a verdade é que Conradi rapidamente deixou a sua terra natal. E tudo por um motivo muito simples, dado que tinha de passar muito tempo dentro das águas do Oceano Índico e havia um enorme perigo para a sua saúde e respetiva prática da modalidade.
"Mudei-me para Biarritz por causa da crise dos tubarões na Reunião", afirmou em comunicado da Federação Europeia de Surf.
Devido à presença em elevado número de tubarões naquelas águas do Índico, a jovem surfista diz que tornou-se "perigoso treinar ou simplesmente fazer surf recreativo em casa". Os ataques de tubarões a surfistas tornaram-se uma constante, sendo que alguns casos estes incidentes tinham a morte como desfecho.
Não restou outra solução, senão fazer as malas e assentar arraiais bem longe de casa, a mais de 9 mil quilómetros de distância.
Apesar de ser muito jovem e estar bem longe da terra natal, a mudança de latitude correu bem. "Foi fácil. Fui muito bem recebida pela comunidade do surf. Fico feliz por poder surfar pela França", confidencia.
A viver intensamente as emoções fortes do Eurosurf Júnior, seja com a licra vestida no teatro de operações ou a gritar 'Allez les Bleus!' com a bandeira na mão, Hina-Maria Conradi tem o objetivo bem definido. "Estou aqui para ajudar a equipa a sagrar-se campeã europeia", afirmou. E a verdade é que depois da desilusão inicial, deu com tecla e não tem defraudado.
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FotografiaWSL/Pedro Mestre
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FonteRedação
