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  • Teresa Bonvalot dá show e conquista o Azores Airlines Pro!
    06 novembro 2021
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  • Prova masculina foi vencida pelo francês Maxime Huscenot.
  • Teresa Bonvalot conquistou, este sábado, o triunfo no Azores Airline Pro, prova do circuito QS europeu que se disputou ao longo da última semana nas ondas dos Areais de Santa Bárbara, na ilha de São Miguel. A surfista portuguesa dominou completamente a prova feminina, exibindo um nível de surf altíssimo, digno das melhores surfistas do Mundo. Uma verdadeira lição de surf num dia histórico para o surf nacional, com a jovem Mafalda Lopes a terminar no 3.º posto.

    Com a prova a retomar pela manhã deste sábado nas meias-finais, as ondas continuaram a rolar com beleza, com menos tamanho do que nos dias anteriores, mas, ainda assim, bem formadas. Na primeira bateria do dia Teresa deu logo sinal de que não estava para brincadeiras, batendo a alemão Rachel Presti com um triunfo bem sólido, somando 13,80 pontos contra apenas 8,10 da rival.

    Estava dado o mote para uma grande manhã de surf e na bateria seguinte Mafalda Lopes tentava imitar a compatriota. A jovem surfista da Caparica até começou o heat da melhor forma, fazendo a melhor onda de toda a manhã, com 8,33 pontos. Contudo, a francesa Pauline Ado fez valer a sua experiência de antiga competidora da elite mundial para amealhar 13,17 pontos. A precisar de apenas 4,84 pontos para seguir para a final, Mafalda acabou por nunca encontrar uma onda com potencial para lhe garantir essa nota, acabando por terminar o evento açoriano num honroso 3.º posto.

    Um desfecho de meias-finais que impediu a reedição da final do QS da Caparica deste ano, onde Teresa derrotou Mafalda na grande final. Ainda assim, Portugal estava representado no heat decisivo e com muitas possibilidades de conseguir mais um triunfo neste circuito de qualificação mundial. Enquanto a final não chegou, a prova masculina foi para a água, com os franceses a confirmarem o total domínio, depois de Maxime Huscenot bater o compatriota Tim Bisso e Tristan Guilbaud derrotar o jovem brasileiro Ryan Kainalo.

    Foi com o mar a melhorar em termos de consistência que entrou na água a final feminina e Teresa Bonvalot não perdeu tempo em mostrar que está um nível acima de toda a concorrência europeia, sobretudo quando as condições do mar ajudam. Ligada à corrente, a surfista de Cascais teve um começo de bateria muito forte, colocando logo um 7,33 a contar, enquanto Ado parecia meio perdida.

    Teresa teve o mérito de não abrandar e pouco depois aumentou os requisitos da francesa, graças a uma onda de 7,67 pontos, que lhe originou o score de 15 com que acabaria a bateria. Com a francesa em combinação, Teresa Bonvalot começou a arriscar mais, mostrando manobras de elevado requinte técnico, como snap laybacs e aéreos, que por muito pouco não foram finalizadas. Uma verdadeira lição de surf feminino à portuguesa, que terminou com 11 ondas surfadas por parte de Teresa.

    Até final da bateria, a portuguesa já não melhorou o score e ainda viu Pauline Ado ter uma ténue resposta, com uma onda de 5,43 pontos que permitiu sair da combinação. Mas o resultado há muito que estava feito. O nível apresentado por Teresa Bonvalot não deixava margens para dúvidas de que a vitória cedo estava entregue.

    Depois de ter terminado a temporada de qualificação de 2021 dentro do top para as Challenger Series deste ano, muito por culpa de um triunfo no QS1000 da Caparica, Teresa conseguiu agora a segunda e maior vitória da carreira no circuito QS, uma vez que esta prova teve estatuto 3000. A contar já para a temporada 2021/22, que dá acesso às Challenger Series de 2022, o evento açoriano colocou Teresa na liderança destacada do ranking europeu, com Portugal a colocar ainda Mafalda Lopes no 3.º posto e Kika Veselko no 5.º.

    Apesar de ainda ser cedo para fazer contas, uma vez que ainda não estão anunciadas provas para 2022, a verdade é que este é um resultado que coloca Teresa Bonvalot muito perto de repetir a presença nas Challenger Series, que dão acesso ao circuito mundial. Isto caso a surfista portuguesa não consiga mesmo essa qualificação já este ano, numa altura em que ainda falta disputar a etapa final em Haleiwa, no Havai, quando ocupa o 23.º posto de um ranking que qualifica as seis melhores.

    Na prova masculina a emoção e o nível não esteve tão elevado como do lado feminino, mas o francês Maxime Huscenot acabou por confirmar o domínio que já vinha a evidenciar nas rondas anteriores. O antigo campeão mundial júnior somou 12,74 pontos na final e bateu Guilbaud, que se ficou pelos 10,40 pontos. Um triunfo que garantiu 5000 pontos a Huscenot para o ranking europeu de qualificação.

    Depois do título europeu de Vasco Ribeiro em 2021, este circuito não começa da melhor forma para as contas lusas na nova temporada. Com os Açores a serem a segunda etapa, após a primeira em Anglet, França, não ter sido terminada por falta de ondas, o melhor representante nacional acabou por ser o jovem Francisco Almeida, com o 9.º posto conseguido em São Miguel, enquanto Vasco e Pedro Henrique terminaram ambos no 13.º posto.

     

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