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  • Bettylou vence em Haleiwa e entra na elite; Yolanda no 13.º posto
    07 dezembro 2021
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  • À campeã de Haleiwa, juntaram-se ainda a australiana India Robinson e a havaiana Luana Coelho Silva como qualificadas para a elite mundial do próximo ano.
  • Fecharam-se as cortinas da temporada 2021 no surf mundial, com Portugal a falhar a qualificação para o circuito mundial feminino do próximo ano. No dia final em Haleiwa, esta segunda-feira, o triunfo foi da havaiana Bettylou Sakura Johnson, com Yolanda Hopkins a terminar no 13.º posto e a deixar cair por terra, pelo menos por agora, o sonho de ser a primeira surfista portuguesa a chegar à elite mundial.

    Num dia marcado por muito drama e emoção nas contas pela qualificação, o sonho português caiu por terra logo no primeiro heat do dia. Depois de na véspera se ter qualificado para os quartos-de-final da prova havaiana, a quarta e última do novo circuito Challenger Series, desta feita Yolanda não conseguiu avançar mais na prova. Ela que precisava de chegar à final para lutar por uma das três vagas em aberto.

    Com o mar a cair em relação à véspera, as ondas acabaram por não colaborar com o surf power da surfista algarvia. Com apenas 6,27 pontos no heat 1 dos quartos-de-final, Yolanda Hopkins viu as adversárias diretas na luta pela qualificação, Alyssa Spencer (7,73) e Vahine Fierro (7,70) seguirem em frente, com a surfista portuguesa a ficar ainda atrás da havaiana Pua Desoto (6,74).

    Um final inglório para Yolanda, que se despediu de Haleiwa no 13.º posto final, repetindo as boas prestações que já tinha tido na Califórnia e na Ericeira, onde chegou até aos oitavos-de-final woman-on-woman, ou seja, também entre as 16 melhores surfistas em prova, tal como no Havai. Contas feitas, a surfista portuguesa termina o ano fora das vagas de qualificação, mas num honroso 19.º posto do ranking, que deixam boas perspetivas para o próximo ano.

    A ação em Haleiwa teve depois como ponto alto a luta pela qualificação, com cinco das oito semifinalistas na luta pelas três vagas em aberto. Pelo meio, ainda havia em prova a campeã mundial em título Carissa Moore, que deu espetáculo sempre que entrou na água. E foi nesta fase que tudo se decidiu, com o apuramento da australiana India Robinson e da havaiana Bettylou Sakura Johnson para a final, ambas carimbaram a sua vaga na elite mundial feminina de 2022.

    O último lugar sorriu à também havaiana Luana Coelho Silva, vencedora da etapa da Ericeira. Um triunfo que acabou por ser decisivo para a qualificação de Silva, pois terminou empatada no ranking com a australiana Molly Picklum, com os 10 mil pontos conquistados em Portugal a desempatar. Isto quando a Picklum bastava o 3.º posto no seu heat das meias-finais, que falhou por 0,97 pontos… A norte-americana Alyssa Spencer e a francesa Vahine Fierro, também eliminadas nas meias-finais, foram outras das surfistas cujo sonho morreu, literalmente, na praia.

    Foi com as vagas já decididas que a final foi para a água, com claro domínio havaiano. As três surfistas locais ainda em jogo comprovaram isso mesmo, deixando a australiana India Robinson no 4.º e último posto, com apenas 2 pontos. Carissa Moore acabou por terminar na 3.ª posição, com 9,76 pontos, enquanto as mais jovens discutiram o triunfo. Bettylou acabou por levar a melhor, com 13,17 pontos, deixando Gabriela Bryan, que já estava qualificada antes desta prova, no 2.º posto, com 11,50 pontos.

    Destaque ainda para o facto de em quatro provas destas Challenger Series Bryan nunca ter vencido, mas ter conseguido ficar por três vezes como segunda classificada (Califórnia, Ericeira e Haleiwa). Algo que a deixou como líder muito destacada do ranking no final da temporada.

    Nas contas finais, o CT feminino do próximo ano vai ter 5 rookies, com a costarriquenha Brisa Henessy a ser a exceção, pois conseguiu-se manter entre a elite mundial por esta segunda via. Destaque ainda para o facto de o Havai ter conseguido três das seis vagas, graças à nova geração que está prestes a assaltar o surf mundial. O outro nome que fecha a lista é o da jovem prodígio norte-americana Caitlin Simmers, de apenas 16 anos.

    Surfistas qualificados para o circuito mundial feminino de 2022

    Gabriela Bryan (Havai), 24000 pontos
    Brisa Hennessy (Costa Rica), 21500
    Bettylou Sakura Johnson (Havai), 20000
    Caitlin Simmers (Estados Unidos), 18700
    India Robinson (Austrália), 17600
    Luana Coelho Silva (Havai), 14900

     

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