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  • Top Mais e Menos: Sete destaques e sete desilusões do Gold Coast Pro
    12 maio 2022
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  • Uma lista que conta apenas com os surfistas que estão a competir neste circuito, esquecendo os surfistas do CT que estão noutra realidade…
  • O Gold Coast Pro já lá vai e a larga comitiva das Challenger Series já segue a todo o vapor para Sydney, onde na próxima semana arranca a segunda etapa do circuito que dá acesso ao CT. No entanto, é hora de apanhar as canas e analisar quem mais se evidenciou, tanto pela negativa como pela positiva, na etapa inaugural, que decorreu nas incríveis direitas de Snapper Rocks.

    Com os surfistas do Tour metidos ao barulho, incluindo o vencedor da prova masculina, o australiano Callum Robson, vamos tentar perceber os surfistas que deram um passo em frente e os que tropeçaram neste renhido processo qualificativo e que estão realmente de corpo inteiro neste circuito.

    Numa etapa algo agridoce para as cores portuguesas, mas com alguns destaques, eis o Top Mais e Top Menos da prova australiana, com sete confirmações/surpresas e sete desilusões.

     

    Top Mais

    - Com Molly Picklum à cabeça, que foi finalista, o destaque vai para várias surfistas que saíram do CT no recente cut. Bronte Macaulay e Bettylou Sakura Johnson também chegaram longe a mostraram que vai ser bem difícil para quem vem de fora conseguir uma das cinco vagas em disputa. É que Picklum e Sakura, por exemplo, já correram e se destacaram neste circuito no ano passado;

    - Sheldon Simkus também foi finalista do lado masculino. A par do vencedor dos trials Oscar Berry, Simkus foi o grande orgulho entre os locais. Entre a boa prestação da nova geração australiana destaque para Dylan Moffat, surfista de Narrabeen;

    - Foi por muito pouco que Nolan Rapoza não chegou à final. O jovem norte-americano, que se divide entre competição e freesurf, não vinha como um dos mais cotados na sua região, mas esteve em grande em Snapper Rocks;

    - O que mais há para dizer de Caity Simmers? Venceu no arranque da temporada passada em casa, em Huntington Beach. Desta vez, já com 16 anos, fê-lo em Snapper Rocks, como se fosse uma experiente surfista. Deu-se ao luxo de rejeitar a entrada no CT porque está, certamente, ciente que pode lá entrar quando quiser. E este ano já está praticamente a caminho da qualificação… Que se cuidem as tops mundiais;

    - Vasco Ribeiro e os europeus em forma. O português fez um 9.º lugar a abrir e conseguiu um bom resultado. Entre os europeus houve quem fosse ainda mais longe, como Maxime Huscenot, Leo Fioravanti e o “emprestado” Ramzi Boukhiam. Um bom momento para o surf europeu, que resultado do facto de estes serem dos surfistas mais experientes em competição;

    - Entre os destaques australianos realce ainda para a performance de Julian Wilson, que mostrou bom surf nas rondas inaugurais e só caiu nos oitavos-de-final. Uma boa performance para um surfista que está a regressar de pausa e que poderá ter encontrado em Snappers a motivação para atacar um eventual regresso ao Tour;

    - Os australianos dominaram o evento, tal como têm feito em quase tudo no arranque da presente temporada. Do lado feminino destaque ainda para Nikki van Dijk, que entre os ex-tops mundiais, excetuando os que caíram no recente cut, foi aquela que chegou mais longe, até aos quartos-de-final, sendo apenas travada pela campeã do evento e mostrando vontade de regressar à elite mundial.

     

    Top Menos

    - Numa etapa dominada por australianos, Joel Vaughan e Kalani Ball andaram em sentido inverso dos compatriotas. Falamos dos dois primeiros classificados do ranking regional e que mais prometiam para este circuito. Ao contrário de outros tiveram um arranque em falso;

    - Um dos cenários menos habituais foi ver os brasileiros longe do topo, tal como já tinha acontecido um pouco no arranque deste circuito em 2021. A verdade é que os qualificados regionais somam alguma juventude e não contam com alguns dos pesos pesados que não se conseguiram qualificar. As derrotas de João Chianca e Mateus Herdy na ronda 2 foram as maiores desilusões, numa armada canarinha que não teve qualquer representante nos oitavos-de-final e que apenas viu Jadson Andre, Michael Rodrigues, Alex Ribeiro e Lucas Siveira chegarem à ronda 3;

    - Frederico Morais e os restantes relegados do CT Deivid Silva, Ryan Callinan e Liam O’Brien foram outros dos surfistas que desiludiram, sendo todos eliminados de primeira. Estes são nomes considerados favoritos nestas andanças e que muitos esperam ver de regresso ao CT. Tiveram em Snappers um pequeno percalço, mas tudo pode mudar na próxima etapa;

    - Alyssa Spencer era uma das grandes favoritas nesta etapa. A grande dominadora do QS norte-americano já tinha falhado a esperada qualificação no ano passado por pouco e este ano, quando parecia ainda mais letal, começou da forma menos esperada, com uma eliminação de primeira. Algo que aconteceu com mais representes da nova geração norte-americana, como Sawyer Lindblad e Samantha Sibley;

    - Do lado masculino aconteceu algo idêntico, com Michael Dunphy, número um americano, à cabeça. Ainda assim, este é só mais um falhanço do experiente surfista do QS. O que surpreendeu foi a quantidade de norte-americanos que baquearem por completo. Só Rapoza, Cam Richards e o mexicano Alan Cleland superaram a ronda inaugural entre o top 10 final da região norte-americana;

    - Moana Wong. A surfista que venceu a primeira etapa da temporada no CT não foi além da primeira ronda. Especialista em Pipe, a havaiana provou que é em casa que se transcende e que noutro tipo de ondas não consegue andar ao ritmo das melhores. Podemos estar enganados, mas o resultado de Snappers deve ser o reflexo do resto do ano;

    - Zoë Steyn, a talentosa jovem que venceu todas as provas do circuito regional sul-africano e que parecia poder estar a par das rivais de outras regiões, caiu de primeira e com um score de 3,83… Algo que demonstra bem a ineficácia da armada sul-africana no arranque deste circuito. Contudo, Steyn é daqueles nomes que prometem algo de melhor daqui em diante.

     

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