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A história que Yolanda fez em Peniche foi 'incrível', mas 'queria muito mais'14 março 2023

- Na primeira aparição entre a elite mundial, Yolanda Hopkins eliminou uma das melhores surfistas de todos os tempos e alcançou o 5º lugar no MEO Rip Curl Pro Portugal.
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Ontem, Yolanda Hopkins ao derrotar a campeoníssima Carissa Moore conseguiu no mar de Supertubos um triunfo um "bocadinho mais doce" do aquele que já havia plasmado no maior evento desportivo do mundo, os Jogos Olímpicos, onde então havia eliminado Johanne Defay, número dois mundial à data.
Depois do muito açúcar derivado da estrondosa vitória sobre Riss, na manhã desta terça-feira, em que muito provavelmente vai cair o pano sobre o MEO Rip Curl Pro Portugal, Yolanda experienciou desta vez um "sabor agridoce".
Resultado da eliminação nos quartos-de-final diante da australiana Macy Callaghan, a mesma pedra que já se havia metido ao caminho de Yo no Challenger da Ericeira.
Fica para a história do surf feminino português um histórico quinto lugar, curiosamente a mesma posição que surfista portuguesa conseguiu em Tóquio'2020, trazendo do Japão o primeiro diploma olímpico da história do surf nacional.
Apesar do caminho que desbravou em Peniche, Yolanda não ficou totalmente satisfeita: "Acho que podia ter dado muito mais. Gostava de ter chegado à final", disse aos jornalistas após encerrar a sua passagem pelo mais famoso beach break do Oeste português.
Ao mesmo tempo, a campeã nacional Open em 2019 considera que o quinto posto alcançado é "incrível", ficando o desejo de voltar em 2024. Numa outra condição, mas com o mesmo objetivo: "Espero estar aqui no próximo ano não como wildcard, mas sim como permanente e quero ganhar."
Quanto ao duelo com Macy Callaghan, Yolanda Hokpins disse que o mesmo "não foi fácil para nenhuma das duas", uma vez que as "condições estavam um bocadinho difíceis".
O facto de ter competido pela primeira vez com o formato de heat sobrepostos (overlapping) também não foi amigo. "Quando estava no heat sem prioridade encontrei as ondas boas, mas não podia apanhá-las. Depois, quando fiquei na bateria com a prioridade não consegui encontrar essas ondas boas. A Macy acabou por apanhar umas ondas mais pequeninas que corriam melhor e fez uns scores", analisou a vice-campeã mundial da ISA em 2021.
"Mesmo quando as outras raparigas tinha prioridade estavam a remar no cantinho e acabaram por não ir, podia ter ido na onda de qualquer maneira. As regras da WSL são um bocado restritas, podia fazer interferência e não queria arriscar", referiu.
Agora, toca rever a matéria dada com John Tranter, o treinador que há muito acompanha a surfista algarvia. "Quando chegar a casa vou rever os heats com o meu treinador. Já tivemos a falar sobre algumas ondas que devia ter apanhado e não apanhei", confidenciou.
Um desses momentos foi a tentativa de tubo quando tinha a prioridade e procurava voltar ao comando das operações. "Olhando para trás, acho que não devia ter apanhado essa onda. Na altura, parecia boa, mas acabou por não ser. Com a prioridade, devia ter esperado por uma onda melhor. Vou agora rever os heats e esperar que da próxima vez não cometa essa erro", assegura Yolanda Hopkins.
Na conversa com os jornalista, a surfista de 24 anos relembrou ainda a histórica vitória sobre Carissa Moore, com quem trocou mensagens e guardou com "grande sentimento" a licra usada naqueles 40 minutos para a história do surf português. Memórias de um dia em que 'apagou a ficha' bem cedo. "Nem sequer me lembro do final da tarde."
"Foi muito querida. A Carissa mandou-me uma mensagem a dar os parabéns e que estava a torcer por mim. Acabei por dizer-lhe que é a minha surfista favorita e não queria estar a atrapalhar a corrida dela ao titulo mundial. Disse também que no próximo ano ia estar aqui de forma permanente e que íamos ter a desforra."
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