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O Surf Ranch Pro é um evento de surf que encerra em si várias particularidades. Desde logo pelo facto de não ser realizado numa praia, mas sim numa piscina de ondas artificiais, o que tem criado muita celeuma desde a sua primeira aparição no calendário da divisão máxima do surf mundial.

Ali, na infraestrutura erguida na cidade californiana de Lemoore e que é propriedade de Kelly Slater, as condições estão sempre perfeitas. Não há falta de swell ou influência do vento que atrapalhe o andamento da competição, que vai ser realizada em dois dias. Depois, temos atuações individuais na água, sem necessidade de regras de prioridade e com entradas em cena à hora marcada. Para surfar uma onda para a direita e outra para a esquerda...

Todo um cenário que o único surfista não brasileiro a sagrar-se campeão mundial desde 2014 nunca vivenciou. É verdade! Aos 30 anos de idade, John John Florence só agora irá fazer a sua estreia no Surf Ranch Pro. Nas três anteriores edições do evento norte-americano (2018, 2019 e 2021), o bicampeão do mundo foi sempre ausência devido a lesão. Lesões essas que desde 2018 já impediram Florence de participar num total de 20 campeonatos, o que equivale a duas épocas desperdiçadas. 

Como, regra geral, a etapa do Rancho está situada na segunda metade de cada temporada, tudo tem coincido com a altura em que o competidor havaiano está a contas com as sucessivas lesões nos joelhos, que têm travado bruscamente uma carreira que já podia ser ainda mais laureada. 

Desta vez, e até ver, não há qualquer impedimento físico que trave o batismo competitivo do campeão mundial em 2016 e 2017 no Rancho do 'tio Kelly' (uncle Kelly). A primeira aparição com a licra vestida por aquelas bandas, acontecerá na sexta bateria da ronda de qualificação. Gabriel Medina, Liam O'Brien e o rookie Rio Waida serão os adversários. 

O mano de Nathan e Ivan Florence chega ao Surf Ranch depois de terminado em crescendo a primeira metade da presente campanha. Na perna australiana, o Pipe Master de 2020 encontrou-se com as boas sensações e rubricou dois terceiros lugares, que catapultaram John John para o sexto lugar do ranking mundial. "Sinto que a minha temporada está agora no caminho certo", atirou o surfista que enverga a licra com o número 12 durante a passagem pelos antípodas.

A expectativa é naturalmente muita para ver aquilo que o surfista havaiano poderá fazer ao longo do fim semana. Se John John Florence é o único surfista não brasileiro a sagrar-se campeão do mundo desde 2011, porque não tornar-se no primeiro competidor fora da esfera brasileira a gritar vitória no Surf Ranch Pro...

Através da rede de livecams, podes visualizar em direto e em tempo real toda a evolução do estado do mar e da praia.

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